sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Guia de carreiras: relações públicas

Mídias sociais abriram mercado para os profissionais.
Função principal é construir boa imagem de determinada instituição.



O profissional responsável por construir imagens e reputações não pode ignorar o poder das redes sociais. Twitter, facebook e outros canais de comunicação não convencionais ajudaram a expandir o mercado para os profissionais formados em relações públicas.

"O conceito das mídias sociais é um espaço que veio para ficar. Antes o Orkut era a grande moda, hoje está fora de linha e o facebook é a grande ferramente. Tudo isso vai passar, com certeza, mas a necessidade de dialogar nesses espaços veio para ficar", diz Luiz Alberto de Farias, professor e presidente da Associação Brasileira de Relações Públicas.


ilustra rp (Foto: arte/ G1)
 
 
Para Farias, cada vez mais as empresas entenderam que além de ter um bom produto ou um bom serviço, é necessário ter um nome respeitado no mercado. “Por isso estes profissionais [formados em relações públicas] têm sido demandado de uma maneira bem significativa nos últimos tempos. Hoje estamos em um excelente momento. ”

Para poder atuar, o profissional precisa concluir a graduação de quatro anos que inclui base de disciplinas de ciências humanas e aulas práticas de fotografia, vídeo, planejamento, artes gráficas entre outras.

Farias lembra que para se dar bem na carreira há o mito de que o relações públicas deva ter fluidez, eloquência e facilidade para discursar em público. “Essas virtudes são boas para qualquer profissão, inclusive para relações públicas. Porém, a principal característica é a capacidade de gerenciamento de conflitos e de planejamento.”

Além da graduação, é fundamental que o profissional tenha domínio de idiomas como inglês e espanhol. Farias sugere que experiências em atividades comunitárias também podem ajudar a construir um currículo fora do convencional, além de fazer diferença durante a atuação no mercado, no momento de gerenciar uma crise, por exemplo.

Diferentes atuações

 Apesar de ser comum encontrar jornalistas trabalhando como assessor de imprensa, Farias garante que esta é uma função originalmente do relações públicas. Enquanto o jornalista é habilitado para apurar fatos, transmiti-los e formar opinião, o relações públicas é direcionado para a instituição e tem a função de gerenciar a percepção da empresa, fazendo com que ela seja bem aceita interna e externamentre.

Ainda no campo da comunicação, a publicidade, de acordo com o professor, trabalha com uma visão promocional de um determinado produto ou serviço da organização e tem a missão de gerar desejo e consumo.

"No mercado brasileiro, às vezes, estas funções se misturam e se confudem. Nas últimas décadas, a área de jornalismo se aproximou muito das funções de relações públicas", afirma Farias.