quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Salvador sedia Simpósio de Pesquisa em Tecnologias Digitais e Sociabilidade

O Grupo de Pesquisa em Interações, Tecnologias Digitais e Sociedade (GITS), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), realiza, nos dias 13 e 14 de outubro de 2011, o SIMSOCIAL - Simpósio de Pesquisa em Tecnologias Digitais e Sociabilidade.

A programação principal do Simpósio, que traz como tema Mídias Sociais, Saberes e Representações, acontece na Faculdade de Comunicação da UFBA (Campus de Ondina). Estão confirmadas as presenças do pesquisador e professor da Universidade de São Paulo (USP), Massimo di Felice; da pesquisadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fernanda Bruno; e da professora e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Simone de Sá.
Para maiores informações http://gitsufba.net/simposio / e-mail simposio2011@gitsufba.net.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Teoria dos sistemas segundo Niklas Luhmann


A teoria dos sistemas sociais é a teoria que tem como objeto de estudo sistemas autopoiéticos sociais. Isso ocorre para definir a operação básica através da qual o processo autopoiético esse sistema dentro do seu meio. O principal fator em comum entre os sistemas sociais é o fato de que a sua operação básica é a comunicação. A comunicação é a única operação genuinamente social, e ela é autopoiética.

Sistemas sociais se formam autocalíticamente para reduzir a complexidade do mundo. A compelxidade interna do sistema possibilit através do uso de critérios de relevância a redução da complexidade do seu meio, oonde dados relevantes estão sendo selecionados. Esses dados estão sendo processados internamente de forma a gerarem várias alternativas de atuação. Isso faz necessária a seleção interna de uma alternativa de atuação frente ao meio do sistema.  

Luhmann descreve a sociedade como sistema social que envolve a totalidade das comunicações. Sem comunicação não há sociedade, e fora da sociedade não há comunicação. Ele divide a comunicação em três partes: mensagem, informação e compreensão da diferença entre mensagem e informação.

A sociedade na teoria dos sistemas

Luhmann trabalhou sobre a teoria da sociedade, onde passou a elaborar a teoria do sistema social mais abrangente onde incluiu todos os sistemas sociais. Para Luhmanna sociedade é um sistema, ou seja, ela é vista através da distinção sistema/meio. Segundo MATHIS (), para Luhmann a teoria geral dos sistemas apresenta-se hoje como teoria dos sistemas auto-poiéticos, auto-referenciais e operacionalmente fechados.

Luhmann assimila em sua teoria as alterações que incidiram no nível da teoria geral dos sistemas. Uma das transformações principais foi à transferência do conceito aberto/fechado pelo conceito de autopoiesis. A autopoiesis acontece quando um sistema complexo reporta as suas informações e suas estruturas dentro de um processo completamente fechado com o ausílio dos seus elementos. Essa teoria é estendida para todos os sistemas em que se pode ressalvar um modo de operação característico e peculiar, que são os sistemas sociais e os psíquicos. 

A teoria dos sistemas sociais é a teoria que tem como objeto de estudo sistemas autopoiéticos sociais. Isso ocorre para definir a operação básica através da qual o processo autopoiético esse sistema dentro do seu meio. O principal fator em comum entre os sistemas sociais é o fato de que a sua operação básica é a comunicação. A comunicação é a única operação genuinamente social, e ela é autopoiética.

Sistemas sociais se formam autocalíticamente para reduzir a complexidade do mundo. A complexidade interna do sistema possibilita através do uso de critérios de relevância a redução da complexidade do seu meio, oonde dados relevantes estão sendo selecionados. Esses dados estão sendo processados internamente de forma a gerarem várias alternativas de atuação. Isso faz necessária a seleção interna de uma alternativa de atuação frente ao meio do sistema.  

A interpretação de sistemas sociais como sistema constitúido por sentido e como algo que ao mesmo tempo constitui sentido, expressa a mudança paradigmática na teoria geral dos sistemas, onde a distinção parte/todo foi ubstitúido pela diferença sistema/meio, e a distinção sistema aberto/sistema fechado cedeu lugar ao modelo da autopoiesis. Isso fica claro quando nos enfocamos a operações que usam e produzem sentido. São aquelas que permitem distinguir o sistema do meio ou distinguir entre auto-referência e hetero-referência.

Para MATHIS(), o ponto de partida da abordagem de Luhmann sobre a sociedade é a constatação de que cada tentativa de descrever a sociedade acontece dentro da sociedade. Sendo assim, teoria da sociedade como descrição da sociedade tem que incluir uma descrição da própria teoria, que é a base da descrição da sociedade. A descrição da sociedade é um fenômeno social e sendo assim, faz parte da sociedade. A sociedade é da sociedade. Esse componente auto-lógico em conjunto com a falta de metodologias adequadas para analisar sistema de alta complexidade é, na opinião de Luhmann, a razão da escassez de uma teoria da sociedade na sociologia comtemporânea.

Luhmann descreve a sociedade como sistema social que envolve a totalidade das comunicações. Sem comunicação não há sociedade, e fora da sociedade não há comunicação. Ele divide a comunicação em três partes: mensagem, informação e compreensão da diferença entre mensagem e informação.

A comunicação na sociedade produz denttro do seu processo evolutivo formas diferente de meio/forma, conforme o problema que a comunicação enfrenta. Meios de difusão aumentam o número dos destinatários de uma comunicação.

Em geral, o aumento da capacidade de difusão de informação lva a um aukmento dos endereços da comunicação, e cada vez fica mais aumenta a dificuldade para se saber o que motiva uma comunicação, para que, e quais as comunicações que estão sendo acceitas na sociedade. Uma saída para essa situação é a elaboração de um novo tipo de meio de comunicação: os meios de sucesso. Esses meios de comunicação conseguem juntar condicionamento e motivação. Eles estabelecem, na esfera da sua vigência, condições que aumentam a probabilidade da comunicação.

A evolução dos sistemas auto-poieticos significa que qualquer mudança nas estruturas do sistema tem que acontecer em consequência de operações internas do sistema. Isso modifica a antiga visão da evolução de que sistemas se adaptam ao seu meio. Pelo contrário o sistema tem que ser adaptado para poder evoluir. O meio somente tem a capacidade de perturbar o sistema que conforme suas estruturas percebe essa pertubação e modifica dentro da sua própria auto-poiesis as suas estruturas.

Cada diferenciação de um sistema, isto é a constituição da diferença sistema/meio dentro de um sistema, cria novos sistemas e novos meios dentro do sistema. A diferenciação de um sistema em subsistemas substitui na nova teoria dos sistemas a diferença partes/todo. O sistema se diferencia não em várias partes, mas sim em diversas diferenças sistema/meio. Para cda susistema se forma dentro do sistema original, meios diferentes, tendo como limites finais o limite do sistema original. A modificação de um subsistema se constitui assim sincronicamente como mudança de meio para vários outros subsistemas dentro do sistema original. 

Na sociedade global, intrepretada como sistema mais amplo de comunicações, diferenciação do sistema significa também, diferenciação da comunicação. Os subsistemas se diferenciam através da elaboração de uma estrutura própria para sua comunicação, usando para isso aquisições específicas da evolução: meios de comunicação simbolicamente generalizados e códigos binários.

A introdução do código binário tem várias consequências para o sistema funcional. Através do código binário, o sistema consegue a duplicação do mundo, tudo que é colocado em um lado do código carrega consigo, o outro lado como possibilidade.

O código representa uma visão totalitária do mundo, que passa a ser observado, pelo sistema funcional somente através da diferença específica que o seu código estabelece. A visão do mundo de um sistema funcional é aquela que o seu código lhe permite ver. E como cada sistema funcional tem um código específico, cada sistema funcional tem sua versão específica do mundo, e consegue no máximo observar que existem no seu meio visões diferentes do mundo.

  Um sistema pode ser chamado de complexo quando contém mais possibilidades do que pode realizar num dado momento. O sistema torna-se, então, complexo quando não consegue responder imediatamente a todas as relações entre os elementos, e nem todas as suas possibilidades podem realizar-se.

Todo o ambiente apresenta para o sistema inúmeras possibilidades. De cada uma delas surgem várias outras o que dá causa a um  aumento de desordem e contingência. O sistema, então, seleciona apenas algumas possibilidades que lhe fazem sentido de acordo com a função que desempenha, tornando o ambiente menos complexo para ele. Se selecionasse todas els, não sobreviveria. Deve simplificar a complexidade para conseguir se manter no ambiente. Ao mesmo tempo em que a omplexidade do ambiente diminui, a sua aumenta internamente. Isso porque o número de possibilidades dentro dele passa a ser maior, podendo, inclusive, chegar a ponto de provocar sua autodiferenciação em subsistemas. Para dar conta da complexidade interna, o sistema se autodiferencia.

O sistema não tem uma estrutura imutável que enfrenta um ambiente complexo. É condição para esse enfrentamento que o próprio sistema transforma-se internamente, criando subsistemas, deixando de ser simples e tornando-se mais complexo, ou seja, evoluindo. Cada um desses subsistemas criados dentro do sistema tem o seu próprio entorno. A diferenciação do sistema não significa, portanto, a decomposição de um todo em partes, mas da diferenciação de diferenças sistema/entorno. Não existe um agente externo que o modifica, é ele mesmo que o faz para sobreviver no ambiente. Mas a evolução do sistema não ocorre de forma isolada, ela depende das irritações do ambiente. E, conforme a tolerância do sistema, as irritações podem levá-lo a mudar suas estruturas.

A evolução do sistema ocorre quando ele se autodiferencia e ainda quando há uma passagem de um tipo de diferenciação para outro.  

Segundo KUNZLER (2004), para Luhmann a segmentação, a hierarquia, centro/periferia e a função são quatro formas pelas quais o sistema pode diferenciar-se, sendo que, conforme evolui, passa de sistema segmentado até chegar ao sistema funcional. Assim se deu com a passagem de uma sociedade segmentada, na antiguidade, para uma sociedade funcional, na modernidade.


A teoria sistêmica de Luhmann enfatiza os sistems autopoiéticos, ou seja, os sistemas vivos, psíquicos e sociais, sobretudo este último, uma vez que o intuito do autor foi o de elaborar uma teoria geral da sociedade. 

Luhmann entende a comunicação como interna ao sistema social e, em última instância, á sociedade que é formada de todos os sistemas sociais. Entre o sistema e o ambiente não há comunicação. O sistema social operacionalmente fechado não recebe informação do ambiente, mas devido a esse fechamento pode abrir-se ao ambiente para observá-lo sem por em risco sua própria identificação. As pessoas não fazem parte da sociedade, elas situam-se no entorno. Apesar disso, a consciência é muito relevante para a comunicação, pois sem aquela não existe essa. O acoplamento estrutural serve de ponte entre as duas, acoplando os sistemas social e psiquico, superando o óbice de que tais sistemas operam de modo diverso. 

Podemos concluir que Luhmann busca em sues estudos entender e classificar os sistemas sociais e suas ocorrências. Ele descreve a teoria dos sistemas sociais é a teoria que tem como objeto de estudo sistemas autopoiéticos sociais. Isso ocorre para definir a operação básica através da qual o processo autopoiético esse sistema dentro do seu meio. O principal fator em comum entre os sistemas sociais é o fato de que a sua operação básica é a comunicação. A comunicação é a única operação genuinamente social, e ela é autopoiética.

A evolução dos sistemas auto-poieticos significa que qualquer mudança nas estruturas do sistema tem que acontecer em consequência de operações internas do sistema. Isso modifica a antiga visão da evolução de que sistemas se adaptam ao seu meio. Pelo contrário o sistema tem que ser adaptado para poder evoluir. O meio somente tem a capacidade de perturbar o sistema que conforme suas estruturas percebe essa pertubação e modifica dentro da sua própria auto-poiesis as suas estruturas.